Fonte: http://hypescience.com/escrivaninha-escritorio-einstein/
Sempre que eu vejo uma poesia que me chama a atenção eu gosto de compartilhar com as pessoas. O poema a seguir eu li em um blog e achei bem interessante, dá para perceber elementos metalínguisticos nele. Espero que gostem...
A Bagunça do Poeta
Sempre que eu vejo uma poesia que me chama a atenção eu gosto de compartilhar com as pessoas. O poema a seguir eu li em um blog e achei bem interessante, dá para perceber elementos metalínguisticos nele. Espero que gostem...
A Bagunça do Poeta
Giovana Souza
É incrível como o tal do poeta faz sujeira.
Em cada canto da casa, uma caneta.
Em cada caneta, encostado um papel.
Em cada papel, palavras sem rumo,
Sem ordem, sem lei, sem pai, mãe ou parteira.
É incrível como ele não consegue
Arrumar um quarto, uma sala, um canto.
Manter as coisas no lugar.
Parece que as coisas se aproveitam do poeta.
Usam ele pra conhecer outros lugares.
Pedem pra ele " me tira daqui, me deixa acolá!"
E lá se vai um sapato,
uma meia, um cadarço,
um caderno, um risco, um traço,
um casaco, um isqueiro,
uma caixa de tabaco,
uma moça de porcelana,
um retrato do passado,
uma esquina veneziana,
duas moças de bom trato.
Tudo isso, espalhado
na baderna do poeta.
ô bicho desorganizado.
Sua casa... sua vida.
Sua cabeça, iludida.
Tudo isso é bagunçado.
O poeta anda atrasado.
Corre atrás do trem,da hora,
da carruagem e do bondim.
Com um sorriso de fora a fora,
Sorri pra você e pra mim.
Ele diz "bom dia!" e segura o chapéu.
A meia por cima da calça,
A camisa, em parte, pra fora.
A mala, com um papel de fora.
Mas feliz, o pobre.
Sempre atento à meia hora.
Perde a hora, o fio da meada.
Mas nunca a palavra falada.
Para conferir mais poemas acesse: http://sindromedaliberdade.blogspot.com.br/
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